quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

JOHN WAYNE!?


sábado, 27 de dezembro de 2008

MAIS UMA DOSE


Essa cachaça já faz um bom tempo que foi saboreada (20/12/2007), seu nome: CLANDESTINA, tem como fabricante  Borgatti, Curvelo (MG). A garrafa de 700ml tipo padrão (exportação), o rótulo tem um visual remetendo uma imagem de um “caminhãozinho velho”, já o contra-rótulo falta informações.

O nome da pinga é curioso, mas ela não é uma bebida clandestina, cachaça nova, 44% de graduação alcoólica, o seu aroma lembra o perfume do melado, adocicado. O gosto levemente agressivo, honesta. A madeira utilizada para o descanso da pinga acredito que seja o jequetibá, apesar dessa informação não constar no produto.

Preço: R$ 13,90.



terça-feira, 23 de dezembro de 2008

CACHAÇA de AMEIXA




























Já ouvi falar em cachaça de banana, cachaça de uva, mas de ameixa, nunca. É claro que cachaça tem que ser apenas de cana, as demais tem em comum apenas o fato de serem destilados. O fato curioso dessa aguardente, (que acredito que seja uma cachaça curtida na ameixa) é a forma da sua garrafa, essa bebida foi fotografada pelo camarada Rafael David, na feira que acontece aos domingos pela manhã no Largo da Ordem em Curitiba (PR), no meio de algumas antiguidades.

Fui até o local para ver essa aguardente de perto e conhecer mais sobre a bebida, não encontrei, talvez já tivesse sido vendida. O que chama a atenção além da garrafa, é onde ela foi fotografada, remete em algo vindo do Oriente Médio.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

João bebeu
Toda cachaça da cidade
Bateu com força
Em todo mundo que ele via
Gastou seu bolso
Mas sambou desesperado
Comeu confete
Serpentina
E a fantasia...

Cachaça Mecânica
Composição: Erasmo Carlos/Roberto Carlos

sábado, 29 de novembro de 2008



Após ser servida, virando e girando o copo de modo a levar a cachaça até as suas bordas, deve-se constatar um película oleosa em torno das paredes internas, que escorre formando ondulações. O tempo de persitência maior dessas ondulações é indicação de qualidade. Esse atributo das boas cachaças é denominado de "oleosidade".
Fonte: José Carlos G. M. Ribeiro, Fabricação Artesanal da Cachaça Mineira, 2002.





sexta-feira, 28 de novembro de 2008

grita GLAUBER ROCHA...













CAVIC

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Padronização da Caipirinha









O governo publicou no Jornal Oficial da União os critérios para o preparo da caipirinha.
Uma coisa positiva sobre isso, é que a bebida utilizada é apenas a cachaça, e não outro destilado. Os ingredientes são os mesmos, mas a portaria publicada definiu a quantidade de açúcar branco e de limão a ser utilizado proporcionalmente a quantidade de cachaça.
Sabemos que a boa caipirinha depende muito de como ela é elaborada. Como diz um velho amigo chamado Chapelão: “a caipirinha é só colocar o limão com a casca, açúcar, pinga, gelo e mexer”. Mas a coisa não é tão simples, tem que ter a sensibilidade na sua elaboração, valorizando o sabor da cachaça com o limão e não exagerando na quantidade de açúcar, como acontece na maioria das vezes.



Para ter mais informações:
http://jbonline.terra.com.br/extra/2008/11/03/e031118730.html



Ilustração: Cavic

domingo, 16 de novembro de 2008

Mais uma dose




A pinga Bandeira vem da Fazenda Bandeira, engarrafado por Aloysio da Cunha Pereira, Abaeté, Minas Gerais. A garrafa de 600 ml, fabricada em setembro de 2002, trás no seu rótulo a figura de um tamanduá-bandeira, e boas informações sobre o produto. A bebida é branquinha, nova, única destilação com 44% de graduação alcoólica.
Nas impressões olfativas deixa a desejar, sem cheiro de cana. O gosto fraco foge das características de uma cachaça nova.
Preço: R$ 9,40.


quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Vamos cultivar a gentileza!
Salve o Profeta Gentileza.















Profeta Gentileza
Para sabe mais:
http://www.riocomgentileza.com.br/

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

UM BOM BEBEDOR...


Alguns acreditam que a pinga deve ser tomada em um único gole, e ao terminar o bebedor tem que fazer uma cara feia. Quem faz isso não sabe beber cachaça. A pinga tem que ser saboreada, valorizando cada momento do gole, não busca se embriagar, vai a procura de uma leveza, uma sensibilidade do paladar e do olfato, como argumenta Marcelo Câmara em seu livro Cachaça - Prazer Brasileiro: "sem estes talentos, ele será, no mínimo, um pinguço, um cachaceiro, no sentido pejorativo e homicida que as elites, historicamente, aplicam a quem bebe cachaça. Ou ele será, como dizem em Paraty, uma mala etílica".






sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Instituições tentarão alterar o nome da cachaça nos EUA



Convênio firmado entre o IBRAC (Instituto Brasileiro de Cachaça) e o Sebrae de Pernambuco iniciou processo para tentar alterar o nome da cachaça nos EUA. Um dos maiores entraves para as empresas brasileiras que exportam Cachaça para os Estados Unidos é a obrigatoriedade de constar no rótulo das bebidas a expressão “Brazilian Rum”
o que segundo as instituições descaracteriza o produto gerando perda de identidade da bebida que é típica e exclusiva do Brasil.

Segundo Cesar Rosa, presidente do IBRAC, a cachaça está enraizada na cultura brasileira e precisa ser reconhecida lá fora como tal. Para isso, o setor vem trabalhando ativamente e mobilizando esforços, além de desenvolver ações para ter internacionalmente o reconhecimento da exclusiva origem brasileira da denominação Cachaça.

Com objetivo de provar que o rum e a cachaça são produtos distintos, e por conseqüência o reconhecimento real do produto, o IBRAC tem desenvolvidos ações, em especial nos Estados Unidos junto ao Alcohol and Tobacco Tax and Trade Bureau (TTB), agência americana responsável pela autorização e controle da venda de bebidas alcoólicas. O convênio firmado com o Sebrae Pernambuco respalda economicamente esse trabalho. O Instituto contratou um escritório de advocacia nos Estados Unidos para em conjunto com a Embaixada do Brasil em Washignton representar os interesses dos produtores de Cachaça e acompanhar todo o processo de mudança de legislação.

PARCERIA

“A parceria do Sebrae com o IBRAC busca o reconhecimento da cachaça como produto tipicamente brasileiro. A certificação de origem melhora a qualidade e fideliza o produto, revelando-se importante indutor de comercialização no mercado internacional. Creio que o Instituto Brasileiro da Cachaça contribuirá de modo significativo nesse trabalho, quer promovendo ações de inteligência competitiva para o setor, quer fornecendo informações estratégicas e direcionadas, tanto para o mercado nacional quanto para o mercado internacional”, explica o superintendente do Sebrae em Pernambuco, Murilo Guerra. A ação deve beneficiar cerca de 40.000 produtores de cachaça no Brasil.

Data: 26/09/2008
Fonte: Fator Brasil






quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Os brutos também amam...






















Tem um boteco que valorizo muito, localizado em Ivinhema (MS), tem um ambiente underground, um lugar para os "brutos". Seu nome é KimBar, acho que o bar tem uns 30 anos, o proprietário é o amigo Fernando cola. Tem um fato curioso, alguns anos atrás o banheiro (só tem um) tinha apenas o vaso sanitário, sem pia, a porta parecia com aquelas que tem nos bares de filme de faroeste, articulada e sem trinco, e na parede tinha um panfleto alertando sobre o perigo da gonorréia. Ambiente bruto.
Salve Kim!


KimBar
Ilustração: Cavic

domingo, 12 de outubro de 2008

cachaça SALMO XXIII

"Meu caro Edney, eu conheci a Salmo XXIII alguns anos atrás, por um amigo meu, o Beto Scretas, que frequenta direto a cidade de Monte Alegre do Sul, que fica a umas 2 horas de São Paulo, quase divisa com o sul de Minas.

Monte Alegre tem muitos alambiques.

Pois o Beto me levou um dia lá na fazenda Salmo XXIII, pra tomar a cachaça do Edson Peres. Maravilhosa… Acho q é a melhor que eu já tomei (não vou perder tempo aqui tentando descrever, que eu não sou louco…). Mas é cheirosa, macia, saborosa, enche a gente de espírito.

Aí, era assim: chegava lá, ele logo botava um copo pra cada um, e muita conversa, e bota um queijinho (que ele também fazia lá), e conversa, e bota outro copo, e mais um tira gosto, e no meio disso tudo ele ia contando como é que ele fazia a cachaça.

Eu sou leigo, não entendo bem o processo, mas descrevendo leigamente, começa que a fazenda dele fica num altiplano, já imaginou? Vc sai da estrada, pega uma estradinha de terra e vai subindo, subindo, subindo… Chega lá em cima, tem um valezinho, a fazenda é ali. Pois não é só a pinga que é feita ali. A cana também é plantada ali. E fermentada ali. Ele falava que era fermentada no ananás, que é um abacaxi do mato (que ele tinha ali também). Depois, passava por aquele processo todo, no alambique que ele limpava muito bem pra ela descer macia e saudável, e ele botava pra descansar por um tempo nas "cartolas", como ele chamava aqueles barrilzões de carvalho que ficavam numa espécie dum porão úmido e escuro. E ela só ia sair de lá da fazenda na mão de quem comprasse (ou na goela de quem tomasse...), já que ele não vendia no atacado. O Edson era escultor, então eu acho que de um certo modo ele esculpia cada safra, cada garrafa de Salmo… E vendia de uma em uma pra quem fosse lá. E provasse. E conversasse.

Agora em setembro ele morreu. Que triste… Eu estava lá, casualmente. A minha tristeza, além de ser pela pessoa, pelo bom papo, pela boa pinga, é porque quando morre um cara desses, que meio que é um guerilheiro-artesão-inventor, morre também um pouquinho duma maneira de se ver o mundo. Uma maneira pacífica, pessoal, que resiste, temperando força e marotice com talento e utopia, a essa vida medíocre que a pressa e a pressão tentam impor às gentes. Quando morre um cara desses, morre um pouquinho do espírito que dá valor a esse valor precioso que é o tempo. O tempo que leva pra fazer uma pinga com espírito. E o tempo que leva pra beber tal pinga com espírito.

O tempo preciso pruma coisa criar sabor.

Pois agora, como se diz no futebol, é levantar a cabeça e partir pra próxima. Porque, como acontece em toda boa história de quem detém um segredo sagrado, como o Edson, sempre tem alguém ao redor bebendo (oops…) a palavra sagrada. E corre a lenda que o filho dele conhece o caminho das pedras pra fazer a Salmo, timtim por timtim…

Que Deus abençoe o garoto e lhe guie o caminho, porque o mundo não pode ficar sem espírito…"

abração
Mauricio Pereira
http://www.mauriciopereira.com.br
http://www.myspace.com/mauriciopereira
http://br.youtube.com/user/mug5599


PS - pra complementar o meu relato, adiciono aqui o texto do Salmo XXIII, que é pra a gente sentir melhor essa pinga, e o texto e o mp3 duma canção minha que fala sobre gentes como o Edson Peres, chamada "Inventor Brasileiro", que é pra a gente honrar um sujeito desses.
Salmo 23

1 O Senhor é o meu pastor; nada me faltará.
2 Deitar-me faz em pastos verdejantes; guia-me mansamente a águas tranqüilas.
3 Refrigera a minha alma; guia-me nas veredas da justiça por amor do seu nome.
4 Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.
5 Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos; unges com óleo a minha cabeça, o meu cálice transborda.
6 Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida, e habitarei na casa do Senhor por longos dias.
Inventor Brasileiro (Mauricio Pereira)

era uma vez no meio do Brasil
num dia lindo feito outros mil
um inventor brasileiro a pé
come fubá, bebendo café…

um sentimento
um instrumento
para servir a população
por um momento
dá um alento
gera alegria na multidão

horas de busca
formas de luta
armazenando imaginação
ir generoso
belo e formoso
mesmo em confronto com a equação

no travesseiro
se numa noite
se desencontra a tua função
deus te acompanhe
dentro da angústia
atravessar pela solidão

gênios aos montes
tem pelas ruas
mil leopardos babando em vão
jogos de turmas
festas nas praças
potentes fontes de informação

simples inventos
feitos na hora
causem nenhuma assombração
caso um pedestre
pela janela
seja atraído pelo trovão

de uma idéia
sendo partida
pelo reflexo de um artesão
povo brilhoso
meu conterrâneo
consulta agora o teu coração

terça-feira, 7 de outubro de 2008

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

VITORIÓSA



Um ótimo nome para uma cachaça: Vitoriósa.
Essa cachaça (garrafa) se encontra no Instituto Histórico e Geográfico de Paranaguá (PR), na rua XV de novembro, 621, no centro histórico. O rótulo tem ao fundo um "V" colorido em verde e amarelo, a pinga é de 1940, tem uma graduação alcoólica alta para os padrões de hoje, 54 G. Lussac (Gay Lussac, químico francês que elaborou a lei para medir o volume do teor alcoolico das bebidas). O Rafael David que presenteou o blog com essa imagem.

Cavic

foto: Rafael David





sexta-feira, 26 de setembro de 2008

MAIS UMA DOSE





Vou argumentar sobre uma cachaça que sempre estou tomando, ou quase sempre, pelo menos uma vez por ano tenho que comprar uma RAINHA do Vale.
O visual da cachaça traz um rótulo marcante, cores acentuadas, bem elaboradas. Já no contra-rótulo apresenta boas informações sobre a bebida. A garrafa de 980 ml, destilação única, branca (nova), armazenada, ou melhor, descansada em madeira de Jequitibá, madeira boa, interfere muito pouco no sabor característico do destilado de cana.
A cachaça em questão tem como numeração AG 66060105, com graduação alcoólica de 45%. Fabricada na Agroindustrial Gameleira Ltda, Fazenda Gameleira, distrito de Santana do Paraopeba, MG.
A bebida mantém um leve cheiro da madeira (jequitibá), tem personalidade, sabor macio. O ponto negativo na garrafa de 980 ml é o conta-gotas, que tira todo o chame da bebida.
Preço: R$ 16,50.



terça-feira, 23 de setembro de 2008

Charge






















Ilustração: Will Stopinski




sexta-feira, 19 de setembro de 2008

COBRE na CACHAÇA


É durante a destilação em alambique de cobre, que o vinho de cana se transforma em aguardente. Durante esse processo resíduos de cobre acabam indo para a cachaça. O cobre é um metal que acumula no organismo humano causando danos a saúde.
Existe na legislação brasileira um limite aceitável de cobre na cachaça. Preocupados com isso os fabricantes procuram filtrar a cachaça para a retirada do cobre, já os fabricantes clandestinos na maioria das vezes não tem esse cuidado.
A utilização do alambique de cobre na destilação do mosto fermentado de cana favorece na qualidade da bebida, em sabor e aroma. Pois ao ser destilado libera substâncias indesejáveis que é absorvido pelo cobre. Isso reflete no resultado final.


Cavic

Para ter mais informações:

http://www.scielo.br/pdf/cr/v35n6/a33v35n6.pdf
http://www.crearn.com.br/revista/Determinacao%20do%20teor%20de%20cobre%20na%20cachaca_Autor_Johnson%20Pontes_10_01_2008.pdf



sexta-feira, 12 de setembro de 2008











Ilustração: Wagner Jonasson




terça-feira, 9 de setembro de 2008

Carlito Raposa

Foto: Rafael David

Os Bares são ambientes que as vezes necessitamos estar neles!
O bar do Carlito Raposa que foi captado pela percepção visual do Rafael David, mostra bem o reduto dos velhos boêmios, 1939, localizado em Paranaguá (PR) próximo da igreja de São Benedito, o santo protetor dos amantes da aguardente.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

MAIS UMA DOSE




A cachaça em questão: Adega de Minas, série prata, fabricada por José Juracy, Serrania, Minas Gerais. Foi saboreada em 20 de dezembro de 2007. A garrafa de vidro (700ml) formato tradicional voltado para exportação, tampa de alumínio e sem conta-gotas. O contra-rótulo passa informações importantes: fabricacão em 10 de janeiro de 2006, numeração 003, graduação alcoólica 42%, apenas não revela a madeira alegando madeira neutra. É uma cachaça nova descansada.
A informação visual da cachaça é agradável, consta um selo de qualidade. O aroma é doce, remete a um licor. O gosto adocicado perdendo um pouco em relação ao sabor da cana.
Preço: R$ 15,50.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Jennifer Magnética

Tia Ermínia
Ilustração: Cavic


Barbitúricos Blues

Jennifer Magnética

Composição: Jean Stringheta / Edney Cavichioli

Mãe, estou indo pra casa da tia Ermínia
Encontrar algumas meninas que falam de amor sem preconceito
Mãe, o sistema foi amargo comigo
Me empurra coca-cola sem perguntar o porquê
Não leio mais bula, vou direto na pílula
Troco as garotas do clube pelas minhas meninas
Desliga o sistema e vem ver a vida, mãe
Não tomo mais ácido acetil salicílico
Meu problema não é neurológico e nem físico
Tome um barbitúrico e vá deitar antes das oito
Ando sempre sozinho ou mal acompanhado
Não tenho carro, vou à pé
Tenham minhas sandálias que sabem onde pisam
Desliga o sistema e vem ver a vida, mãe
Mãe, nunca mais fui à missa
Mãe, nunca mais fui ao dentista
Mãe, estou indo pra casa da tia Ermínia




Salve os amigos Magnéticos!
Tia Ermínia, proprietária de um prostíbulo localizado na cidade de Ivinhema (MS), isso na década de 90. Ficou muito popular ao ganhar na telesena, diz a "lenda", com o dinheiro do prêmio comprou um carro e reformou o seu estabelecimento comercial.
Para ouvir, Barbitúricos Blues:

http://palcomp3.cifraclub.terra.com.br/jennifermagnetica/



sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Viola-de-cocho




Essa ilustração é uma pequena omenagem ao Seu Manoel, artesão, mestre na fabricação da viola-de-cocho. Tive a oportunidade de conhecer o Seu Manoel em 2003 quando estive em Cuiabá (MT). A viola-de-cocho é muito usada para tocar o cururú, rasqueado e o siriri.

"É inegável o fato de que a partir do momento em que a Viola-de-cocho deixou de ser um elemento presente no cotidiano das pessoas residentes em Mato Grosso, reduziu-se a um instrumento musical executado por uma parcela mínima de herdeiros de sua cultura de manuseio e fabricação. Suas aparições ficaram restritas às "apresentações públicas" de demosntração folclórica mato-grossense, e festas típicas mantidas até hoje por "anjos da guarda" desta preciosa arte regional".
SANTOS, Abel. Viola-de-cocho. Cuiabá: Editora da UFMT, 1993.

Ilustração: Cavic

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

IPI da cachaça aumentará 30% em outubro





A Secretaria da Receita Federal (SRF) vai aumentar em cerca de 30% as alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidentes sobre as chamadas bebidas quentes (vinhos, cachaças, uísques, vodcas, entre outras) a partir do mês de outubro, informou ontem o coordenador de Tributação sobre Produtos e Comércio Exterior da Receita Federal, Helder Silva. Segundo ele, a medida deve provocar aumento de 5% nos preços dessas bebidas.

De acordo com o coordenador da Receita, o aumento no imposto se deve ao fato de que desde 2003 essa categoria de produtos não tinha o IPI reajustado. O imposto é cobrado por meio de alíquotas específicas (tecnicamente chamadas de "ad rem"), com um valor em reais, como ocorre com a gasolina, e não em porcentual do valor do produto.

Nesse sistema, o peso da tributação diminui ao longo do tempo, à medida que o preço é reajustado. Com o reajuste, segundo o técnico da Receita, o peso do IPI nos produtos finais deverá voltar ao nível em que estava em 2003.

Em instrução normativa publicada ontem no Diário Oficial da União, a Receita Federal determinou que durante o mês de setembro os fabricantes de bebidas quentes façam um reenquadramento de seus produtos nas faixas de tributação do IPI, já pelos valores reajustados.

Hoje as bebidas quentes são tributadas em um sistema com faixas que vão de A a Z. Segundo Helder Silva, esse tipo de enquadramento leva em conta o critério de preço do produto final. Cada faixa tem uma alíquota de IPI, que varia, já com o reajuste de 30%, de R$ 0,14 por unidade (faixa A) até R$ 17,39 (na faixa Z). As cachaças terão tributação variando de R$ 0,34 para R$ 0,39.

Data: 08/08/2008
Fonte: Último Segundo
Leia a matéria completa




quarta-feira, 13 de agosto de 2008

mídauma
























Gravura:serigrafia, 5/6.
Cavic


sexta-feira, 8 de agosto de 2008

MAIS UMA DOSE



O assunto relacionado “Mais uma Dose” terão comentários sobre apreciação da cachaça. Para começar selecionei a cachaça BENVINDA, bebida que ando saboreando nos últimos dias. Quero deixar bem claro que não é um relato sobre degustação, e sim, de apreciação.

Cachaça BENVINDA.

A forma da garrafa (700 ml) é tipo exportação, tem um rótulo bem apresentado com todas as informações do produto, o contra-rótulo descreve bem as características da bebida. A pinga tem um leve amarelado, quase branca, única destilação. A madeira é o jequitibá-rosa, onde a cachaça é descansada, e não envelhecida, a graduação alcoólica chega aos 40%. O engarrafador F. Pernambuco Ltda., Patos de Minas, MG. A tampa de alumínio não contendo conta-gotas. A composição visual do rótulo é boa. O aroma adocicado, gosto suave, levemente adocicado.


Tomei a mesma cachaça Benvinda um ano antes, e achei diferença entre essa de agora (lote 02, 2005). A anterior tinha sabor mais acentuado, características mais marcantes, sabor rústico. A nova bebida (lote 02, 2005) mostrou ser inferior, passa a sensação de ter sido mais tempo armazenada, ficou mais “adocicada”, perdeu um pouco de qualidade.

Preço: R$ 26,50.



quarta-feira, 6 de agosto de 2008


Ai, corinthians,
Cachaça do torcedor,
Colorido em preto e branco,
Sem preconceito de cor.

Meus 20 anos ( Ai corinthians)
1973


Trecho da música de Paulinho Nogueira em relação ao tempo que o time corinthiano ficou sem ganhar nenhum título.


terça-feira, 5 de agosto de 2008



Velho
Ilustração: Cavic

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

"Antes de ser um produto econômico,industrial, uma mercadoria, um artigo comercializável, a cachaça é uma façanha da gente brasileira, uma obra da nossa História, uma das mais belas e autênticas expressões de nossa Cultura, Ela integra a identidade do povo brasileiro, está na memória da Nação, faz parte do seu patrimônio material e imaterial, habitando inúmeras manifestações da Cultura Brasileira, especialmente o universo popular e folclórico, ora como tema ou motivo, como elemento ou ornamento, ora sugerindo a ambiência e o espírito do fato cultural " (CÂMARA, 2004, p. 24).


CÂMARA, Marcelo. Cachaça: Prazer Brasileiro.
Rio de Janeiro: Mauad, 2004.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

CACHAÇA

Aguardente de cana, obtida da destilação da garapa. Dos seus inúmeros sinônimos regionalistas, parecem ser mais conhecidos os seguintes: abrideira, aca, água-benta, água-bruta, água-de-briga, água-de-cana, água-que-passarinho-não-bebe, aguardente, aninha, arrebenta-peito, assovio-de-cobra, azuladinha, bagaceira, baronesa, birita, borbulhante, branca, branquinha, calibrina, cana, cândida, canguara, caninha, cobertor-de-pobre, engasga-gato, goró, guampa, januária, jeribita, malunga, malvada, mamãe-sacode, mandureba, mata-bicho, parati, perigosa, pevide, pilóia, pinga, piribita, pura, quebra-goela, quebra-munheca, sipia, supupara, tira-teimas, três-martelos, uca. 2 Espuma grossa produzida pela primeira fervura do suco da cana-de-açúcar. 3 Borra resultante da clarificação do xarope. 4 Inclinação, gosto, paixão predominante.
Fonte: http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugue

Destilado brasileiro

Por ser uma bebida que foi difundida rapidamente em todo o Brasil, a cachaça não seguiu padrões de qualidade, isso permitiu a popularidade da bebida. Atualmente, foram definidos critérios na formulação da cachaça. Este fato valorizou o produto que passou a ser mais respeitado, principalmente em relação aqueles que erroneamente acreditavam que destilado de qualidade estava relacionado ao o uísque, a vodka ou uma outra bebida que não fosse fabricada no Brasil.
"Cachaça, a bebida mais consumida no Brasil. O terceiro destilado mais consumido no planeta Terra" (MAZARO, 2007).

Cavic

MAZARO, Ricardo.[online]. Disponível na internet via WWW.URL:http://reposconi.portcom.org.br/dspace/bitstream/1904/19642/1/Ricardo+Anson+Mazaro.pdf




Rockabilly
Ilustração: Cavic

Rapadura deixa de ser marca internacional

Após se tornar alvo de disputa diplomática entre Brasil, Alemanha e EUA, o nome "rapadura" deixou de ser marca registrada e voltou a ter uso liberado internacionalmente.

A empresa alemã Rapunzel Naturkost possuía desde 1989 o registro do nome "rapadura" para seu açúcar orgânico. No último dia 11, anunciou que desistia de manter a marca, atendendo a pedidos brasileiros.

A Rapunzel Naturkost havia feito o registro na Alemanha e nos EUA, o que fazia com que produtores de rapadura que quisessem exportar para esses países tivessem que pagar royalties pelo uso do nome.

Apesar de o primeiro registro ter sido feito em 1989, só no ano passado a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) do Ceará decidiu encaminhar uma notificação extrajudicial às embaixadas da Alemanha e dos EUA para reclamar da situação.

O principal argumento contra o registro do nome é que se trata de um produto genérico, vinculado ao patrimônio histórico e cultural de países da América Latina e, sobretudo, ao Nordeste brasileiro.

A negociação com a empresa alemã foi conduzida pela embaixada do Brasil em Berlim. A empresa aceitou registrar o nome composto "rapadura Rapunzel" no lugar de "rapadura".

Data: 25/07/2008
Fonte: Folha online
Leia a matéria no site da Folha

São Benedito

O santo que é considerado por alguns como protetor dos apreciadores da boa pinga.
Ilustração: Cavic.