quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

TIQUIRA

Uma bebida diferente, brasileira, um destilado que tem como matéria prima a mandioca, raiz de grande importância onde os indígenas já cultivavam e hoje faz parte da culinária brasileira.
Algumas tribos indígenas usam a mandioca para produzir uma bebida fermentada que recebe o nome de cauim.
A Tiquira é uma bebida típica do Maranhão, a graduação alcoólica vai de 36 a 54° GL, a cor é azulada devido a utilização de folhas de tangerina.
Alguns defendem a Tiquira como a única bebida (destilado) totalmente brasileira, pois a cachaça tem sua origem aqui, mas a matéria prima (cana) não é brasileira.
A mandioca é de grande importância, ainda pouco explorada pela indústria. Uma cervejaria brasileira fez um bom uso dessa raiz, a cervejaria Colorado de Ribeirão Preto (SP) elaborou a cerveja Cauim, uma cerveja pilsen que tem na sua composição a mandioca.
A Tiquira que experimentei foi um presente do amigo Raimundo Nonato Junior, que fez algumas recomendações antes ser bebida: quando bebe a tiquira não se pode ter contato com a água, principalmente na sola do pé, ou seja, não pode tomar banho. A pessoa que vendeu essa bebida para ele alertou que após beber Tiquira e molhar o corpo pode ter um grande mau estar. Seguindo essas recomendações ao beber a tiquira procurei tomar banho apenas no dia seguinte, temos que respeitar as crenças.
A Tiquira degustada foi fabricada pela Associação Folclórica Beneficente do Tambor de Crioula da Feira Praia Grande, São Luís (MA). O cheiro é levemente adocicado, a presença do álcool é marcante. O gosto adocicado “queima” na boca, um pouco ácido, não é agradável. O rótulo traz uma frase curiosa: "Estimula o apetite, fecha o corpo e alegria o espírito".
“A tradição determina que no momento do processo da fabricação da tiquira a presença da mulher é restrita devido a crença de que a mulher durante seu período menstrual prejudica a qualidade da bebida” (fonte:
http://bambae.blogspot.com/2006/03/tiquira-tiquira-aguardente-de-mandioca.html ).





Fotos: Cavic

domingo, 3 de janeiro de 2010