sábado, 30 de julho de 2011

Engenho da Serra


O Engenho da Serra esta localizado em Morretes (PR), na área rural do Marumbi, próximo do centro da cidade

O engenho esta vinculado a história da família Gnatta que veio da Itália e há 100 anos produz cachaça naquele local. A Suily Terezinha Gnata, além de cuidar da produção de cachaça mantém um restaurante com comida típica da região. A história da família é possível ser entendida a partir de um quadro que fica na sala da casa construída em 1914, nesse quadro apresenta a árvore genealógica, tudo começou com a vinda dos italianos Giusepe Valentino Gnatta e Elizabetta Marcolin Gnatta em 1891. Na década de 1960 a casa da família passou por uma reforma e as janelas que tinham as extremidades arredondadas passaram a ficar retangulares, ao fazer o reboco das janelas o senhor Carlos Alberto Gnatta neto de Giusepe colocou algumas garrafas de cachaças para que no futuro as novas gerações poderão quebrar a parede para usufruírem das cachaças ali armazenadas.

O engenho está no pé do pico Marumbi, mantém uma reserva de floresta Atlântica tendo o rio Marumbi ao seu lado, arvores centenárias presentes junto com o cultivo agroflorestal idealizado pelo amistoso Luiz Paulo Gnatta, neto de Carlos Alberto Gnatta.

A produção de cachaça teve sua fase áurea na década de 1970, quando chegou a produzir cerca de 170.000 litros em uma única safra, hoje em dia é produzido pouco, atende mais os turistas que vem atraídos pelo restaurante. A cachaça produzida atualmente não tem registro no Ministério da Agricultura, algo que era diferente no século passado onde na saída do alambique era instalado uma espécie de hidrômetro para medir a quantidade de litros produzidos de cachaça para depois ser cobrado os devidos impostos. Na alambicada da garapa fermentada é separado a cabeça e a calda deixando apenas o “coração” para ter uma bebida de melhor qualidade, em cima do cano que goteja a pinga existi uma placa de madeira, a cada balde cheio (10 litros) é marcado um risco, na placa de madeira tem-se uma quantidade de retângulos, cada retângulo preenchido equivale a marca de 100 litros. A cachaça produzida é a branca nova, envelhecida em carvalho, cachaça com essência de hibiscos e as cachaças com frutas lembrando um licor. O engenho é tocado por uma roda d`agua que movimenta a moenda, o maquinário é o mesmo utilizado durante os seus 100 anos.

Além do engenho tem a igreja de São José construída pelo senhor Carlos Alberto Gnatta, a comunidade promove no mês de março a festa de São José e no mês de Setembro a festa de Nossa Sra. de Salete.



Roda d`água que movimenta a moenda



Moenda





Sala de fermentação


Alambique








Ambiente da saída da cachaça com placa de registro de litros produzidos











Medidor de cachaça (litros) lembrando um hidrômetro


Engenho








Igreja de São José


Mascote do engenho, o cão Jaburu





Desvio do rio Marumbi para movimentar a rod`água


Casa da família Gnatta





Após uma reforma foram inseridas garrafas de cachaça no reboco da parede


Árvore genealógica da família Gnatta


Giusepe Valentino Gnatta e Elizabetta Marcolin Gnatta


Antonio Domingos Gnatta (filho) e esposa, em cima quadro com pintura da casa antes da reforma


Rio Marumbi


Figueira centenária "abraçando" pedra

Pico Marumbi ao fundo










Fotos: Cavic

quarta-feira, 27 de julho de 2011