A Rainha de Macaúbas, lote 08/2006 produzida e engarrafada
por Antônio Gonçalves da Silva, Fazenda Macaúbas, distrito Santo Antônio da
Vargem Alegre, Bonfim, MG. O rótulo é simples com boas informações, garrafa de
900 ml com tampa plástica e graduação alcoólica de 42%. A cachaça é branca, nova, tem boa aparência, límpida. O aroma é agressivo, um
pouco acético, arde a narina. O sabor tem notas acéticas, gosto ruim.
Essa cachaça foi um presente da ilustre amiga Edimara
Fagundes.
Para
a comemoração do centenário de um dos times mais populares do
Brasil, o Corinthians, foi lançada em outubro de 2009 a cachaça
“Corintiana”. Relacionar
uma bebida de alta qualidade com uma marca, no caso de um time de
futebol é uma atitude pioneira e positiva para os dois
lados. A cachaça apresenta-se em três tipos: série prata
(apenas descansada), série ouro (um ano envelhecida) e série premium (cinco anos de envelhecimento). A
graduação alcoólica é de 40%. Quem fez parte da consultoria do
projeto foi o degustador e pesquisador de cachaça Jairo
Martins da Silva,
autor do livro Cachaça
- O Mais Brasileiro dos Prazeres .
Ai,
CORINTHIANS, Cachaça do torcedor, Colorido em preto e
branco, Sem preconceito de cor.
No vídeo aqui postado
o degustador e pesquisador de cachaçaMarcelo Câmara degusta
algumas cachaças dividindo em duas sessões, cachaças novas e
cachaça envelhecidas.
Apresenta um ótimo
conteúdo, mostra de forma didática o andamento da degustação
valorizando a cana de açúcar como característica principal dessa
bebida tão nobre.
O boteco Solar
das Batidas vai além das “batidas”, um lugar pequeno, mas muito aconchegante
tendo como proprietário Lauro Ferreira da Silva, pessoa da melhor qualidade.
O Seu Lauro tem
uma longa experiência, foi gerente do tradicional bar Triângulo de Curitiba
entre 1955 a 1963, depois abriu o seu próprio bar e mercearia Baltimore na Rua
Chile, após sete anos mudou o nome para Solar das Batidas. E foi no ano de 1991
que mudou de bairro mantendo o atual endereço.
O Solar é um bom
lugar para saborear uma cachaça, mas o seu ponto forte são as batidas. A mais
vendida é a batida pica-pau que contém mel, cachaça e limão, hoje produz mais
de trinta batidas diferentes.
Uma outra bebida
que também se destaca no Solar é o amargo Mayerle, preparada com essências vegetais maceradas em
álcool neutro produzido em Joinville (SC), o Seu Lauro trabalha com esse bitter
desde a década de 1950, dificilmente encontrado em outros bares e comércios de
bebidas.
Seu Lauro e Luiz Chuck Norris
bitter Mayerle
Bar Triângulo 1939
Livro Chama o Garçom e revista View, reportagens sobre o bar
Copos personalizados para os clientes chamados de "Sócio Ouro"
O meu pensamento, pouco tempo depois
do fogo aceso, era "não sei o que está mais gostoso, o cheiro da
abóbora, o da baunilha ou o da cachaça". É uma cachaça boa que está na
panela, uma cachaça bem branquinha, jovem, segundo o amigo que a
recomendou.
Então o doce foi ficando mais com cara de doce, os perfumes começaram a
se misturar, e o ar da cozinha começou a ficar embriagante. Eu não tinha
me dado conta quando escolhi, mas ali estão elementos femininos
bastante fortes: o doce de abóbora, preparo tão aconchegante da história
da nossa culinária, uma generosa de dona Benta, acrescentando mais um
cravinho para que fique mais gostoso; está também a baunilha, em fava,
de uma meninice tão delicada, sonhadora; e está a cachaça, jovem, louca,
inconsequente.
Há pouco a agressividade do alcool já tinha se evaporado, os elementos e símbolos todos se juntarm, o doce amadureceu.
Falta apurar um pouco, mas está lindo!
Presentes - e passados e futuros - do fazer culinário.
A
Senhora do Engenho, lote 04 de maio de 2012, apresenta-se em garrafa
tipo exportação, 700ml com graduação alcoólica de 42%. Produzida
e engarrafada por Flor do Engenho Industria e Comércio de Cachaça
Ltda, Sítio São Gonçalo, Saboeiro, distrito de São Gonçalo do
Bação, Itabirito (MG), a bebida mantém um rótulo simples,
agradável e com boas informações, um folheto acompanha a garrafa
relatando o processo da moagem , canaviais, fermentação,
destilação, envelhecimento e engarrafamento.
A
cachaça é levemente amarelada, mantém as “lágrimas” na borda
do copo. O aroma remetendo a cana, baunilha, demonstrando um pouco de
“queimação” na narina. A bebida é armazenada em tóneis de
carvalho e castanheira, no sabor é possível sentir a madeira
principalmente no retrogosto onde remete a baunilha, apresenta uma
certa acidez.
Essa cachaça foi um presente da amiga Edimara Fagundes.
Como o próprio nome
diz é uma certificação que valoriza um produto de uma determinada
região.
A cidade de Paraty
conquistou o Selo de Origem referente a produção de cachaça.
A produção começou por causa de uma
característica da região de Paraty. O município tem uma média de
chuva de 2,5 mil milímetros por ano. Com isso, a cana que nasce no
lugar não produz um bom açúcar, mas a cachaça tem excelente
qualidade. No século 19, havia mais de 100 engenhos na região. Com
a abolição dos escravos e sem mão-de-obra, a atividade entrou em
decadência. Hoje, existem no lugar apenas sete produtores, que se
uniram para aproveitar a vantagem de manter a tradição.
É fácil identificar o selo de indicação de
procedência, que fica no gargalo da garrafa e serve para proteger a
produção da cachaça dos tipos tradicional branca, ouro, prata e,
no caso de Paraty, da aguardente azulada, bebida típica da região
que leva na composição folhas de tangerina.
Para conquistar o selo os produtores tiveram que
estabelecer um padrão. O desafio foi unir a tradição com a
tecnologia, sem perder o aspecto artesanal da cachaça, uma das
características que garantiram a certificação. A cachaça branca
fica nos tonéis de aço inox, que conserva o sabor original da cana.
A prata fica em tonéis de madeira brasileira, como amendoim ou
jequitibá. Já para a cachaça ouro são reservados tonéis de
carvalho francês ou bálsamo, que dá mais cor e aroma para a
bebida.
Fabricada, produzida
e engarrafada por Lucimar Raimundo Pinto, Fazenda Retiro do Sol, estrada de
Itabirito, Km 11, Distrito São Gonçalo do Bação, Itabirito (MG), a cachaça
COBIÇADA apresenta-se em garrafa de 500 ml com graduação alcoólica de 40 %. O rótulo
não é atrativo, em destaque uma imagem retratando um vilarejo, já o contra-rótulo
apesar das informações falta o lote e data de engarrafamento.
A cachaça é
nova, branca, límpida. O aroma remetendo a cana, terra molhada. O sabor é
agradável, leve, uma pinga que tem certa neutralidade.
A Cobiçada foi um presente da minha esposa Francilene. Foto: Cavic
quinta-feira, 4 de outubro de 2012
Essa ilustração foi enviada pelo amigo Rafael David, quem diria...
o Batman tomando uma.
Com mais
de vinte anos o Bar do Dante é um ótimo lugar para beber uma
cachaça saboreando o tradicional bolinho de carne. Durante 12 anos
foi bar e mercearia onde hoje se localiza o Bar Jacobina, depois foi
para o atual local onde esta há 9 anos.
Estive no
Bar do Dante no sábado de manhã, fui recebido por um dos donos, o
seu Levi, sócio e pai do Dante que contou algumas histórias e
exaltou o salgado mais cobiçado do lugar, o bolinho de carne que
chegou a ser vendido 1000 unidades em uma única festa do evento
Bohemia. Saboreei o bolinho de carne acompanhado de uma cachacinha
produzida no norte do Paraná curtida no guaco, como o seu Levi
relatou: “a cachaça no guaco ajuda limpar o pulmão”. Seguindo
o seu conselho tomei mais uma dose, a pinga estava bem temperada.
O ambiente
é amistoso, com muitas fotos na parede retratando o Seu Levi, o
Dante e também a cidade de Curitiba na década de 1940.
Seu Levi, corrida do dia do Soldado
Seu Levi
Posto São Luiz - 1940, Domingos Foggiatto, acervo Cid Destefani
Cachaças temperadas: guaco, amburana, banana e catuaba
Cozinheiras fazendo o pré-preparo da feijoada
Seu Levi e Dante
O camarada Erik
Bar do Dante R. Conselheiro Carrão, 194 Juvevê, Curitiba - PR Fotos: Cavic