quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Bendita Envelhecida


O envelhecimento das bebidas destiladas sempre foi bem visto pelos seus apreciadores, a cachaça também entra nessa questão. O nosso destilado se difere entre cachaça e cachaça envelhecida, pois são bebidas diferentes.
Enquanto a maioria dos destilados envelhecidos utilizam o carvalho no seu processo a cachaça se mostra de maneira diferente, ela é envelhecida em diversas madeiras como: amburana, amendoim, bálsamo, carvalho, castanheira, grapa, ipê, jequitibá e freijó.
“A madeira dos barris, nos quais a cachaça envelhece, vêm componentes não apenas agradáveis ao olfato, mas também antioxidantes saudáveis. Um segundo tabu que está caindo, se refere à crença de que só o carvalho é a madeira própria para a fabricação de barris. Segundo o professor Douglas Franco, da Universidade de São Paulo, o Brasil tem madeiras excelentes para isso, mencionando a árvore amendoim, o jequitibá-rosa, o ipê e o bálsamo, entre muitas outras. O problema é achar essas espécies, vítimas da devastação no País” (NOVO, p.63, 2011).
“Após um ano e meio, a cachaça lacrada em tonel ou barril selado por órgão oficial de controle atingirá um ótimo estágio de envelhecimento. A partir dos três anos, submetida ao processo de envelhecimento, a bebida ingressa na categoria “reserva especial” (CÂMARA, p.50, 2004).
“Estas, a meu juízo, madeiras nobres para o envelhecimento da cachaça. O amendoim, nobilíssimo, solene, perfeito. A garapa, devidamente tratada, tem um cheiro doce, sedutor. O jequitibá, após três ou quatro envelhecimentos, é discreto. A cachaça é envelhecida, porém não perde a sua natureza de aguardente de cana-de-açúcar, permanecendo cachaça” (CÂMARA, p.54, 2004).


CÂMARA, Marcelo. Cachaça: prazer brasileiro. Rio de Janeiro: Mauad, 2004.
NOVO, Manoel Agostinho Lima. Viagem ao mundo da cachaça. São Paulo: NewBook, 2011.





Foto: Cavic

domingo, 5 de agosto de 2012